
Você já teve um aluno que “não acompanhava a leitura”, trocava letras ou evitava escrever, mesmo sendo atento e criativo?
Esses podem ser sinais de dislexia, uma condição comum, mas muitas vezes invisível na sala de aula.
Neste artigo, vou mostrar como adaptar planos de aula de leitura e escrita de forma simples, prática e acolhedora, respeitando o ritmo e as potências desses alunos.
O que é dislexia
• Não é falta de atenção, nem preguiça.
• É uma dificuldade neurológica na decodificação da linguagem escrita.
• Pode afetar leitura, escrita, ortografia e fluência verbal.
Dificuldades comuns que precisam ser consideradas
• Troca de letras, inversões (b x d, p x q)
• Lentidão na leitura
• Escrita confusa, com erros ortográficos persistentes
• Evitar leitura em voz alta
• Frustração e baixa autoestima
Como adaptar um plano de aula de leitura e escrita
1. Clareza no objetivo pedagógico
Ex: “Reconhecer palavras com a letra M” em vez de “desenvolver consciência fonológica”.
2. Apresentação visual do conteúdo
• Cartazes com cores e formas diferentes
• Textos com espaçamento maior e fonte como OpenDyslexic
3. Uso de tecnologia assistiva
• Microsoft Immersive Reader, Leitura em Voz Alta, aplicativos com Text-to-Speech
4. Atividades com múltiplas linguagens
• Jogo da memória com imagens e palavras
• Uso de vídeos curtos explicando fonemas
• Roda de leitura dramatizada (sem cobrança da leitura formal)
5. Avaliação adaptada
• Pode ser oral, em formato de apresentação, desenho com legenda
• Evitar apenas prova escrita como forma de medir o aprendizado
Exemplo prático de atividade adaptada =Tema: Animais da Fazenda
• Objetivo adaptado: Reconhecer palavras simples (vaca, porco, cavalo) e associar à imagem
• Material: Figuras coloridas, cartões com nomes, tablet com leitor de voz
• Atividade: Montar painel de palavras com apoio visual e sonoro
• Avaliação: Contar oralmente os nomes dos animais com apoio das imagens
IA e inclusão para dislexia
• Criar textos com linguagem simplificada
• Gerar imagens para apoiar compreensão
• Leitura automática de textos impressos (ex: app Read Aloud)
Conclusão
Incluir alunos com dislexia não é sobre “fazer menos”, mas sim sobre fazer diferente para alcançar mais.
Com pequenos ajustes, é possível transformar a relação deles com a leitura e a escrita.
Você tem alunos com dislexia? Já adaptou alguma atividade?
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👉Plano de aula inclusivo passo a passo: Como adaptar para alunos com Deficiência Intelectual e TEA