Por Aline Coelho Xavier Previdelli
Educadora e pesquisadora independente – Blog IA Inclusiva na Prática

No Dia Internacional das Pessoas com Deficiência, celebrado em 3 de dezembro, duas instituições centrais do país, STF (Supremo Tribunal Federal) e MEC (Ministério da Educação), anunciaram medidas que reforçam o compromisso nacional com a acessibilidade, a equidade e a educação inclusiva.
As iniciativas trazem impactos diretos para escolas, redes de ensino, Salas de Recursos Multifuncionais (SRM), profissionais da educação e estudantes público-alvo da educação especial.
Este artigo apresenta, de forma clara e técnica, os principais pontos dessas ações e como elas se conectam à implementação do Decreto nº 12.686/2025, que instituiu a Política Nacional de Educação Especial Inclusiva (PNEEI).
1. As ações anunciadas pelo STF: acessibilidade em todas as dimensões
Durante pronunciamento oficial, o presidente do STF, ministro Edson Fachin, reafirmou que o Tribunal não apenas protege direitos fundamentais, mas atua ativamente para promovê-los.
Entre as principais medidas anunciadas:
1.1 Programa de Ação Afirmativa para Estágio de Pessoas com Deficiência
- Criação de vagas exclusivas para estudantes com deficiência.
- Contratação imediata de 24 universitários.
- Acompanhamento profissional, qualificação e inclusão real no ambiente de trabalho.
💡 O que isso representa?
O STF se torna referência ao adotar políticas afirmativas que ampliam oportunidades de formação e empregabilidade de pessoas com deficiência no setor público.
1.2 Exigência de metas de diversidade para empresas contratadas pelo STF
- Contratação de mais 18 colaboradores com deficiência.
- Empresas prestadoras de serviço passam a seguir metas de diversidade e inclusão.
💡 Na prática:
Instituições públicas reforçam que inclusão não é discurso, é critério de contratação e gestão.
1.3 Infraestrutura acessível: arquitetura, sensorialidade e comunicação
O STF destacou avanços concretos já implementados:
- Sala Acolher, dedicada à autorregulação sensorial para pessoas neurodivergentes.
- Banheiro acessível para pessoas ostomizadas.
- Rampas, pisos táteis e sinalização em Braille.
- Capacitações internas em LIBRAS e audiodescrição.
💡 Impacto para a sociedade:
Se o Poder Judiciário amplia acessibilidade, serve como exemplo e pressão positiva para escolas e instituições públicas adotarem medidas semelhantes.
2. As ações anunciadas pelo MEC: investimentos, programas e políticas públicas
O MEC reafirmou seu compromisso com a consolidação de um sistema educacional inclusivo e alinhado às diretrizes internacionais da ONU.
A seguir, os principais destaques:
2.1 Política Nacional de Educação Especial Inclusiva (PNEEI)
Instituída pelo Decreto nº 12.686/2025, a PNEEI consolida princípios fundamentais:
- inclusão em classes comuns;
- eliminação de barreiras;
- promoção da equidade;
- combate ao capacitismo;
- acessibilidade como direito;
- uso de tecnologias assistivas;
- apoio ao AEE, PEI e materiais acessíveis.
👉 Você pode aprofundar esses temas em:
• Decreto 12.686/2025: o que muda na Educação Especial e por que não é um retrocesso, e sim um chamado à ação
• Revisão do Decreto 12.686/2025: O que muda agora e como isso impacta o AEE, o PEI e a Educação Inclusiva na prática
2.2 PDDE Equidade – Salas de Recursos Multifuncionais
Em 2025, o MEC destinou R$ 200,2 milhões para escolas públicas com SRM.
De 2023 a 2024, já havia investido R$ 439 milhões, beneficiando mais de 20 mil escolas.
As escolas receberam recursos para adquirir:
- materiais pedagógicos acessíveis;
- equipamentos multifuncionais;
- tecnologias assistivas;
- recursos para o Atendimento Educacional Especializado (AEE).
💡 Por que isso importa?
As SRM se tornam mais equipadas para oferecer apoio individualizado, adaptações e acesso real ao currículo.
2.3 Rede Nacional de Educação Especial Inclusiva
Uma inovação central da PNEEI:
Um arranjo federativo com:
- Centros de Referência em Formação Continuada;
- Núcleos de Acessibilização de Materiais;
- Observatório da Educação Especial Inclusiva;
- Rede de Autodefensoria contra o Capacitismo.
💡 O que muda para as redes de ensino?
Maior capacidade de formação, monitoramento e suporte técnico.
2.4 Formação continuada para profissionais da educação (Renafor)
Entre 2023 e 2025:
- 230 cursos ofertados
- 112.960 matrículas
- crescimento superior a 90% no número de cursos em relação aos últimos 8 anos.
💡 O que isso significa?
A formação de professores para a educação inclusiva está sendo ampliada em proporções históricas.
2.5 Aumento do financiamento da educação especial pelo Fundeb
Entre 2022 e 2025:
- aumento de 31% no valor mínimo aluno/ano;
- fator de ponderação passou de 1,20 para 1,40;
- aumento médio de 34% no financiamento do AEE nas redes estaduais.
💡 Impacto:
Mais investimento para estrutura, profissionais, acessibilidade e práticas pedagógicas.
3. O que tudo isso muda para as escolas em 2025?
Combinando ações do STF, MEC e o Decreto 12.686/2025, temos uma mudança significativa no cenário:
3.1 Inclusão deixa de ser discurso e passa a ser parâmetro de gestão
Instituições públicas agora exigem diversidade em contratos, infraestrutura acessível e formação qualificada.
3.2 A escola regular é reafirmada como espaço de todos
Com mais financiamento, apoio técnico e estrutura, a responsabilidade da inclusão volta ao centro da política pública.
3.3 O AEE ganha força normativa e técnica
As SRM recebem recursos e as formações especializadas aumentam.
3.4 O PEI se torna ferramenta estratégica
Com a PNEEI, o PEI deixa de ser um documento isolado e passa a integrar o acompanhamento pedagógico e o direito do estudante.
4. E onde a IA Inclusiva entra nesse cenário?
As ações governamentais criam um ambiente em que:
- adaptação pedagógica não pode demorar horas;
- professores precisam de apoio imediato;
- materiais acessíveis precisam estar prontos;
- o PEI deve ser atualizado com consistência;
- dados, relatórios e registros devem ser tecnicamente precisos.
É exatamente aqui que a IA Inclusiva se torna indispensável para você, professor(a): uma tecnologia assistiva pedagógica capaz de transformar horas de adaptação em minutos, sem perder o olhar humano.
A ferramenta:
- reduz barreiras;
- otimiza o tempo do professor;
- apoia a elaboração de PEIs, relatórios e adaptações;
- organiza rotinas visuais e estratégias acessíveis;
- democratiza o acesso à informação;
- fortalece a autonomia das escolas.
⚠️ E tudo isso em alinhamento ao Decreto 12.686/2025 e às diretrizes de acessibilidade e equidade do MEC.
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Conclusão: Um país em movimento, e um compromisso que continua
As ações anunciadas pelo STF e MEC mostram que a inclusão está entrando em uma fase de:
- fortalecimento institucional,
- investimento estruturado,
- expansão da formação,
- legislação consolidada,
- ações afirmativas concretas.
Para escolas, professores e famílias, a mensagem é clara:
👉 A inclusão é uma política de Estado, e 2025 encerra-se com avanços que impactam diretamente a realidade das salas de aula.
👉 Agora, mais do que nunca, é preciso transformar políticas públicas em práticas pedagógicas acessíveis, humanas e eficazes.
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Referências
- Supremo Tribunal Federal (2025). Pronunciamento do Presidente Edson Fachin – 3 de dezembro.
- Ministério da Educação – SECADI (2025). Informes sobre a PNEEI, PDDE Equidade, SRM e Renafor.
- Decreto nº 12.686/2025 – Institui a Política Nacional de Educação Especial Inclusiva.
- ONU (1992). Resolução sobre o Dia Internacional das Pessoas com Deficiência.

